O setor de hotelaria no Brasil é uma peça fundamental na cadeia produtiva do turismo, refletindo diretamente as variações e tendências econômicas e sociais do país. Após anos difíceis, marcados por crises econômicas e uma pandemia global, o setor hoteleiro brasileiro está experimentando uma retomada robusta.
Em 2023, o mercado apresentou sinais significativos de recuperação e crescimento, atraindo novos investimentos e consolidando o Brasil como um destino atrativo tanto para investidores quanto para turistas.
Neste artigo, apresentaremos uma visão abrangente dos principais aspectos e tendências do mercado de
hotelaria no Brasil, com foco na evolução histórica, situação atual, impacto de novas tecnologias e as perspectivas futuras do setor. Confira!
A história da
hotelaria no Brasil remonta ao período colonial, quando os primeiros focos de
hospedagem surgiram ao longo das rotas de comércio. Esses estabelecimentos eram inicialmente simples ranchos e estalagens, mas com o tempo, a hotelaria evoluiu para atender às necessidades de um público mais exigente.
No século XIX, hotéis como o "Hotel del Siglo" em Porto Alegre e o "Hotel Caxambu" em Minas Gerais marcaram o início da era moderna da hotelaria brasileira. O Rio de Janeiro destacou-se com a criação de hotéis icônicos como o "Glória" e o "Copacabana Palace" na década de 1920, estabelecendo novos padrões de luxo e serviço.
O ano de 2023 marca um período de renascimento para a hotelaria brasileira. De acordo com o relatório Panorama da Hotelaria Brasileira de 2023, produzido pelo
Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)
e HotelInvest, o setor prevê um investimento de R$ 5,7 bilhões até 2027, com a construção de 108 novos hotéis urbanos.
Este impulso é evidenciado pela chegada de grandes marcas internacionais como Faena, Vik, Anantara, e outros que escolheram o Brasil para expandirem seus negócios. Apenas no início deste ano, grandes grupos anunciaram investimentos milionários em diversas regiões do país, como a vinícola chilena Vik, que investirá cerca de R$ 500 milhões em um hotel em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo.
A administradora hoteleira Accor lidera em termos de atuação no país, com 337 hotéis de diferentes marcas e mais de 50 mil quartos disponíveis. Olivier Hick, COO da Accor Brasil, destacou a importância do Brasil para a empresa, enfatizando o potencial de crescimento do mercado de turismo internacional e o compromisso da Accor em apoiar e investir nesse crescimento, alinhado aos valores de sustentabilidade e excelência em hospitalidade.
Uma das principais preocupações do setor hoteleiro nos últimos anos tem sido a concorrência com o Airbnb e outras plataformas de hospedagem compartilhada.
O Airbnb, com mais de 2 milhões de acomodações cadastradas em todo o mundo, desafiou os modelos tradicionais de hotelaria, oferecendo alternativas mais acessíveis e diversificadas.
No Brasil, as acomodações do Airbnb ainda não são regulamentadas, o que tem gerado tensões entre hoteleiros e autoridades governamentais. Em resposta, foi criada a Comissão Especial do Marco Regulatório da Economia Colaborativa na Câmara dos Deputados, com o objetivo de regulamentar serviços descentralizados como o
Airbnb e o Uber.
A regulamentação desses serviços é vista como um passo crucial para equilibrar a competição e assegurar uma justa tributação.
Para quem tem interesse em entrar na área de hotelaria, o mercado acadêmico oferece várias opções de formação, desde cursos técnicos até bacharelados. Um bom profissional de hotelaria deve possuir habilidades de comunicação, liderança, conhecimento em idiomas estrangeiros e, dependendo do local de trabalho, dominar regras de etiqueta e ter postura profissional.
A formação acadêmica em hotelaria permite que o profissional atue em diversas áreas, como gestão de meios de hospedagem, concierge, organização de eventos, coordenação de alimentos e bebidas, governança, planejamento de construção e instalação de hotéis, recursos humanos e gestão de lazer.
Além disso, a hotelaria hospitalar é uma área em crescimento, focada na prestação de serviços de quarto, alimentação e limpeza em ambientes hospitalares.
Um dos principais desafios enfrentados pelo setor de hotelaria no Brasil é a alta rotatividade de colaboradores e gestores. A falta de especialização e o baixo reconhecimento da profissão, especialmente no quesito remuneração, contribuem para a instabilidade no setor.
A média salarial de uma recepcionista de hotel no Brasil, por exemplo, é considerada baixa em relação às responsabilidades e carga horária.
A rotatividade de donos e gestores também é comum, muitas vezes devido à falta de conhecimento em administração e gestão de negócios. É crucial que os profissionais do setor busquem especialização e se mantenham atualizados sobre as tendências e práticas de
gestão hoteleira.
O futuro da
hotelaria no Brasil
está sendo moldado por várias tendências. A personalização dos serviços é uma demanda crescente, com hotéis adaptando horários de
check-in e check-out, e oferecendo serviços personalizados para atender às necessidades dos hóspedes.
A opção Pet Friendly, a disponibilização de tecnologia avançada e a utilização de plataformas online para reservas e serviços são algumas das tendências que estão transformando o setor.
A economia compartilhada e práticas sustentáveis também ganham força. Empreendimentos de multipropriedade e a adoção de práticas ecológicas e socialmente responsáveis estão se tornando cada vez mais comuns.
A população está mais atenta a práticas politicamente corretas, e os hotéis que adotam medidas sustentáveis e de acessibilidade tendem a se destacar no mercado.
Nos últimos anos, o Brasil tem atraído grandes marcas internacionais, como Faena, Vik, Anantara, e Vila Galé, que escolheram o país para expandir seus negócios. Com investimentos significativos, essas marcas estão construindo novos empreendimentos em diversas regiões do Brasil.
Por exemplo, a Anantara está investindo R$ 77 milhões no Anantara Mamucabo, na Bahia, com previsão de abertura para 2025, enquanto a Vik está investindo cerca de R$ 500 milhões em um hotel em Araçoiaba da Serra, São Paulo.
O Brasil é um país com grande potencial turístico, e a valorização da hotelaria é crucial para o desenvolvimento sustentável do turismo. Empresários e profissionais do setor devem investir em formação, gestão eficiente e inovação para garantir a excelência nos serviços e a satisfação dos
hóspedes.
O futuro da
hotelaria no Brasil depende de um esforço conjunto para elevar o nível da gestão e promover práticas sustentáveis e responsáveis.
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